segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

como devia ser



quatro lados e uma luz no centro quatro lados  em que tudo se resumia e uma cápsula uma bússola uma cápsula diante de quatros lados que tudo resumia uma semana após a luz a cápsula a bússola a luz centro tudo resumia um silêncio a bússola  a luz centro no centro e do centro por quatro lados poderia não mais estava uma cápsula a força dos dedos das mãos na luz do centro não mais berro nem centro só silencio uma cápsula uma bússola

um dia uma semana dois meses sessenta e cinco dias da cápsula sem bússola ou da bússola agora sem cápsula quatro lados abertos sem luz de centro sem bússola um silêncio sem gritos ainda a cápsula um dos lados agora sujo muito sujo por aberto e sem luz de centro como diferente de agora a pouco na tela sem tela paralisada como devia estar em um dos lados sem bússola sobraram várias cápsulas agora sem luz de centro sem ameaça de teto de luz e com bússola sem mas sem busca havia cápsulas sem um dos lados agora por pouquíssimo tempo agora ainda sujo uma vez com a bússola temos ainda três lindos lados só que sem luz de centro por pouco tempo sem tempo para pensar em tempo uma porta tombada não pode ser mistério que não por que não pode ser haverá de ser uma bússola bússola não como assim cápsula de uma hora para outra sem luz de centro e três paredes uma merda tudo se foi vindo uma porta tombada o vento sem luz de centro tudo se foi vindo

mas ali diante de mim por todas as cápsulas seguramente sem bússola uma alegria de repente por vislumbrar uma luz talvez no centro mas já não era contudo procurar tentar ser menos afetado onde está talvez um barulho por toda a parte uma porta tombada o vento então onde está esta ou aquela porta confusão muito maior no momento seguinte como levar como contar sem avisar não poderia melhor continuar

por muitas cápsulas a bússola não estava mais lá então vale a pena então não vale a pena eu não estava certo talvez eu esteja certo mas a luz de centro uma porta tombada sem luz de centro não vale sacrifício uma bússola mas era ou é uma bússola qualquer deveriam pedir fazer uma penhora eu não sei só queria dizer ou encontrar uma penhora muito embora havia eu jurava que havia uma cápsula diante da luz do centro agora apagada jazia ali uma luz tão cortante assim ah não uma luz assim e tão ousada ora veja perto do centro não merecia viver por outro lado devo relatar a fadiga não sei se era uma fadiga talvez uma sensação pouco melhor pouco pior mas eram paredes as paredes lembra que se aproximavam não sei se as quatro de vez ou três claro deviam ser  apenas três só havia três pois a quarta a quarta parede do quarto ou terá sido a da sala logo na entrada pois foi na entrada que tudo se deu então ela desabou ou se foi juntamente com a porta pois como sabemos a porta tombou

uma porta tombada assunto grave não poderia haver nada mais urgente na verdade um transtorno para todos e não só para os vizinhos uma porta tombada pois com ela levou uma parede talvez essa sim do vizinho não se sabe como teria sido pior se não fosse o vento talvez a luz do centro ainda estivesse em seu lugar mas como dizer  ou afirmar avisar era uma pergunta que todos se faziam no inicio eu não me fazia uma pergunta tão tola ora veja ora óbvio eu não ousava me fazer isso por aqui agora não mas naquele momento surpreendeu a todos observando bem não se tratava de transtornos o problema estaria na surpresa talvez as surpresas incomodam  me transtornam de maneira pessoal então ela disse ah amor vou te fazer uma surpresa então eu lhe disse ah tenha cuidado com suas surpresas nunca se atreva a me fazer uma então a parede caiu com a porta não teria sido preciso tombar a porta o sol o vento teria bastado nada importava sem aquela maldita luz do centro tudo pela bússola mas então eu pensei não sei se pensei alto ninguém me ouviria as vezes me esqueço mas ele não tinha uma bússola sim claro ele tinha uma bússola mas então para que as cápsulas as paredes se aproximando deveria ser anormal não era uma coisa tipicamente normal para mim não era nem um pouco mas a luz do centro ela continuava mesmo naquele tempo ela estava lá como dizer teria se passado tanto tempo assim como responder eu seria capaz devia ter dormido um pouco mas não estava confuso não naquele momento mas as paredes me deixavam quanto tempo havia passado 

paredes caindo que tem o tempo haver com isso estamos falando de ações ações concretas ou não foi muito difícil avisar difícil avisar você não imagina como foi difícil avisar mas não havia mais tempo quanto tempo ainda nos restava essa sim era um boa pergunta então fiquei por ali não sei se estava ali mas meus dedos eu os mantinha cruzados torcendo demoníacamente por uma nova queda uma senhora tombou mas a quarta parede não queria tombar curiosidade sim talvez as cápsulas nunca antes tinham passado tanto tempo com os dedos cruzados porcaria isso é supertição não sei do cheiro certamente não cheirava bem impossível cheirar bem no inicio a luz do centro não sei o vento talvez havia um buraco no teto não no chão mas com a parede mas poderia estar sem bússola onde bolas poderia ter ido parar a bússola impossível não dá 

a essa altura já devia ter o pescoço dolorido que transtorno por que enfrentar esse transtorno talvez não valha a pena sem bússola não havia espaço mas por que tempo passado os tempos se confundem o fato é que não havia espaço e se eu consigo afirmar a ausência de espaço a claustrofobia já me dou por satisfeito as paredes então cada uma a seu lado seu tempo a seu modo ora vejam paredes têm tempo disto não tenho certeza pois agora onde estava a bússola havia cápsulas não por toda parte ninguém era besta de fazer perguntas todos se aproveitaram cheguei mesmo desejar e olha que desejei profundamente como nunca antes que uma segunda talvez a segunda parede viesse a tombar


mas era um desejo não sei se desejo não tinha esse direito se desejava não sei era de coração que espetáculo que orgulho estava orgulhoso eu era o responsável só estava triste pela bússola
que fatalidade quando escutei não sei se antes ou depois não eu não o que não qual eu não poderia acreditar era barato demais não valia a pena furto não quem quem poderia sequer pensar tinha se passado muito tempo o cheiro não era bom não havia água evidente não existia sequer luz de centro um roubo pensei mas estava inerte não poderia nada a fazer eu ou ele éramos dois inertes uma bússola tudo por uma bússola seria mesmo preciso aquilo era um castigo superstição não não valia a pena quem poderia pensar


que tempo era aquele uma pergunta em uma palavra que tempo era aquele não que modo que modo não havia tempo talvez modo então senti uma angústia devia ser por causa da pergunta  não saberia responder fiquei nervoso não sei se era no cérebro ou no pulmão e pensar que tudo isso ainda estamos bem no inicio por causa de uma bússola e algumas poucas cápsulas então aquilo aconteceu de surpresa eu  não sei não tenho certeza talvez tenha sido de propósito

um dia ela me sugeriu você está bem eu lhe disse não me venha com surpresas um sol de rachar e a luz no centro lá ainda havia quatro paredes uma bússola e algumas cápsulas e tanto empenho mas o quarto era uma merdinha uma merdinha que só mas tanta gente eu nunca poderia vislumbrar tanta gente enfiada numa merdinha que só eu teria sido acredite capaz de mata-la se tivesse me aparecido com uma surpresa por um instante a luz do centro piscou ou eu imaginei e fiquei excitado com aquilo pela primeira vez a luz do centro havia piscado e o quarto era uma merdinha que só

como devia ser eu me perguntava como devia ser na certa eu tinha fome como fome não poderia ter fome mas uma sombra diagonal furava-me os olhos e eu esperava esperava naquele momento não sei porque desejei profundamente olha que bobagem queria ter um livro entre a mãos eu devia estar louco pois minha visão piorava as pessoas iam e vinham a fome piorava eu me lembrei tinha saudades de algo sim não era só uma impressão mas sentia falta da cápsula menos da bússola afinal a bússola estava perdida bom disso não tenho certeza então tive vontade de beber tinha sede não sei o que eu só agradecimento pela ultima vez eu agradecia porque tudo podia piorar de uma hora para outra tudo era surpresa eu pedi na esperança de haver um garçom eu gritava não saía nada será mesmo que estava gritando bom eu fingi que estava nossa que horror minha sede piorava e com ela aumentava a curiosidade não se esqueça o gato que tem o gato eu gritei peixe morre pela boca


devia ser noite eu acho talvez ainda desse tempo de ir passear no jardim à beira do lago não arriscaria possivelmente era me faria um surpresa que qual eu não suportaria ela não se atreveria apesar de ser loira e se confundir com o sol  talvez menos que a luz de centro mas não importa ela estava lá me implorava então eu disse me deixe estou nervoso onde está minha bússola e ela disse que se dane sua bússola silêncio houve um grande silêncio novamente tive sede àquela altura já estava irritado o quarto estava cheio fedendo quando olhei para o lado não estava mas ali comecei pensar eu ainda era capaz tinha de provar como devia ser na certa ainda haveria remédio eu não queria me enganar naqueles tempos me faltava paciência me esforçava era maçante eu só queria beber e lá fora havia algo podia jurar lá fora havia algo

na certa tentei espiar que bússola não agora não adianta e a luz de centro estava manco pena não calejado você ainda pode sofrer eu me perguntava é inevitável cruel fazia frio eu acho mas não eu quando por cima ainda mancava bom disso não tenho certeza onde estava ela não existe ainda na certa mas como devia estar como devia ser assim confuso mas não era frio estranha aquela sensação procurava não ilustrar seria um pecado quanta falta nos fazia a bússola que dirá a luz de centro já quase esquecida mas onde estava procurava na verdade não fazia um gesto dei de ser contemplativo também naquela situação pudera

tudo que eu queria era um grito daqueles discretos mas sem bússola isola eu não podia ceder fosse qual fosse que insistência nada a declarar pelo menos por hora aquilo parecia mais calmo ainda não tinha passado uma hora assim que caminho alongado eu não podia ver estava mudo ou ainda cego sem luz de centro de certo sem bússola ainda tinha uma fatiazinha de esperança cospe nela cê ta louca cospe nela ou ela ela me disse todavia resisti que desatino não tinha tempo logo àquela altura ah não tinha estomago nem tempo para aquilo não saberia agradar eram tantos os olhos verdade é que nunca soube espera mas e ela quem o que a luz de centro não a bússola que nada a luz de centro também fazia falta


aquilo era um caminho ladrilhado de cismas e eles eram inafetáveis inabitáveis cheios de mas uma curta temporada esperava quando dizia que não mas esperava mais santa luz de centro que falta que era não sei se gostava mais dela ou da bússola estava sem as duas mas havia uma terceira me incomodava a maneira como me olhavam não podia estar ali sentado eles paralisados desconcertados eh alguém disse ele parece estranho normal permitido claro o que você esperava flores não dá como assim páginas de Byron foi o que me veio à cabeça meticulosa idéia pobre de espírito que estava falando das flores mas eu não podia como era afinal já estava na hora de acabar imperdoável não tinha dado tempo de avisar de outra forma  fatalmente questão de tempo tempo sim surgiram rumores não se antecipe cuidado com o degrau degrau por degrau eu não sou mais criança pode deixar como assim agora eu me lembrei da bússola mas o que me veio na mente mesmo foi a luz de centro afinal estava olhando para seu fóssil hostilizado bem diante de mim


dali em diante a dvida aumentou o que devia fazer tinha algum problema na mão dizia que não notava-se sem gravidade como assim gravidade aquela maneira de dizer você é irônico ela me dizia não eu não podia acreditar estava prestes a terminar pode ser mas sem demora e o corredor mostre o corredor eu havia perdido o abridor numa situação dessa sim muito necessário você não acha sim eu podia jurar que tinha ficado aqui onde tudo começou de novo quanto tempo quando me perguntava vi sim estava ali a resposta íntima de mim indecifrável remediável até certo ponto chegava dez e não dava seis o que sobre o que eles poderiam se empolgar tanto tudo era tão degradante pode procurar mas se esforce isso vai doer simplesmente é inevitável havia um furo na porta sem luz de centro não podia sem moedas na janela mancava e mancava que intenção era aquela processo curioso parecia mascar algo perigoso aí por nada fique à vontade da parte de quem como se a casa fosse dele é uma desgraça inconfessável


sujeitinho de sorte não se pode ter certeza como veio podia-se dizer que houve dois roubos não de modo algum aquilo aumentava a testemunha infelizmente jaz em paz como devia ser como é por todos os lados muito original de minha parte continuava esperando pela luz de centro que visão poética você tem das coisas disse ela  não exagere e não me venha com suas surpresas disse eu qual o seu problema disse ela você não pode imaginar como tudo seria diferente se a bússola estivesse ainda no seu lugar talvez dispensasse até mesmo a luz de centro  não agir daquela maneira seria uma pena depois de anos e anos tantas lutas e desassossegos pior não podia ser foi um desastre não fale demais disse ela olhe você me deixe disse eu que chatice nunca fui tão observado eram tantos os olhos as bocas tremiam da parte de quem ninguém sabia simplesmente um dia no dia apareceram desaparecidas a bússola e luz de centro merda repito merda fui roubado duplamente no mesmo dia

poucas palavras você se acha um homem de poucas palavras disse ela não tenho milho disse eu mas quantas novidades não diga isso nem de brincadeira reclusos milhares de reclusos me dissecavam naquele momento que tenho que ver com aquela situação era eu mas não era minha podia ser mas não era completamente sã dava para notar de longe o cheiro não era bom com esforço podia suportar as vezes disse ela o que disse eu mazelas só isso que escutava por ali a temperatura mudou não sei se a minha ou a deles gozado pensar que não era como pensar daquela forma tão tortuosa uma cabeça assim tão populosa não merecia pensar um bauzinho foi o que pensei no bauzinho quem sabe não não impossível lá caber uma bússola e uma luz e ainda por cima de centro não

curioso era saber de certa forma que tudo ia acabar mal mas e daí as roupas ainda tinham jeito a lavanderia não era feriado deveria esquecer impossível não dá agora eu desejava menos talvez como no principio estivesse mudo de fato eu não falava muito e podia sentir falar incomoda como assim ela perguntou você nunca entenderá disse eu que situação embaraçosa muito complicado foi prever o fim daquela agonia eu escutei espere que agonia era aquela não tinha tempo para aquilo isso vai demorar muito se isso vai demorar muito na verdade os tempos se confundem que bom não pense dessa forma isso complica as coisas de que eu estava falando   


mas onde estava como devia ser melhor falar do estomago e daquela dor que me arrebentava eu podia sentir a inhaca deles eu devia ter uma ulcera no espírito aqueles faróis não os veria mais talvez de longe eu não podia avisar eles se repugnavam e tudo girava de encontro confuso ah maldito estomago mas terá sido verdade difícil de acreditar por instantes raros momentos percebia um cheiro aroma ameno refogado do que era de peixe certeza talvez não eu não suportaria o abridor me fazia falta se ao menos eu pudesse pela ultima vez só mais uma vez a bússola queria vê-la não podia crer foi tudo tão de repente eu acho que aquilo podia terminar ali mesmo naquele instante todavia eles eram saudáveis e não demonstravam disposição nem solidariedade mas eles se achavam solidários e mansos também já isso eu não garanto só sei que não desgrudavam de mim que chatice santo estômago um antiácido seria fatal para quem o que para quem você está escrevendo ela perguntou para quem hora essa eu nunca escrevo não gosto de escrever gritei e de tudo o que mais me irritava eram os olhos deles não desgrudavam de mim um segundo que martírio mil vezes meu estômago ruído agora eu admirava o quadro o único na parede ou melhor no que sobrou dela eu gostava tanto de minha porta um furo que desperdício perto da fechadura isso me tortura ela disse então vá embora disse eu não podia exigir de mim paciência não àquela altura seria uma covardia como assim covarde quem pode fazer a fineza de avisar avisar isso era o de menos sem dúvida no mundo  há coisas muito mais severas que tentação claro não podia me esquecer das gotas infernais verdadeiras máquinas de doer finas e frias um deles sofria de reumatismo e eu que quase pago por isso na testa era na testa eu odiava não podia admitir mas queria um cobertor

mil coisas me passava pela cabeça principalmente a ausência de meu chapéu onde estaria ela agora a luz de centro só parecia existir em minha cabeça mas a bússola me deixou confuso não ela mas quando a roubaram de mim onde estaria ela agora estava sentimental por que não lembrar de suas manias ela sempre dormia envolvida em insinuantes pétalas de rosas que martírio um horroroso odor de defunto dizia era necessário purificar a alma eu que não podia nunca tive essa opinião formada pétalas eu sou gótica ela disse estranho e eu que tenho com isso ela gostava de sangue eu sempre resisti mas eles todos ali e eu confuso atrasado eu estava atrasado gente muito dispersa sem rumo eu estava atrasado era uma pena na verdade uma alegria era assustador só que as vezes caia e ficava monótono acho que é a última vez que nos falamos como assim eles não iam embora e aquilo agora sim começava a me preocupar algo errado ali posso dizer uma coisa acho que é a última vez que nos falamos disse ela eu não gosto de sangue disse eu

num tamanho desprezível aquele quarto era uma merdinha que só e só isso já me causava náuseas fedia a pétalas de rosa por todos os lados agora quatro lados sem luz de centro contaminados por lembranças daquele odor fúnebre não era bem assim era um cheiro medonho um fedor de rosa eu não podia mais suportar precisava avisar seria muito triste quanta indisponibilidade seria pedir demais um dia eu encontrei primeiro me apareceu a luz de centro tempos depois num leilão me veio a bússola me custou caro sabe e agora numa martelada duvidosa me tiram as duas o elevador um elevador para que o que foi assim acho que sim e agonia de quem ora tudo ainda continuava sem parar eu dependia daquilo não podia simplesmente dormir era preciso procurar sabe eu tinha de encontra-las a bússola estava longe podia jurar por outro lado a luz de centro eu a sentia por perto impossível me enganar

tudo começou com um barulho naquele tempo só com um esforçozinho podia ter evitado coisa pior eles não avisaram como sempre ela não me avisou e eu acabei perdendo as duas a luz de centro ficava tão bem em seu lugar a bússola ao lado e a luz de centro no seu buraco no meio do teto uma ulcera na alma o aviso foi dado foi feito foi um incomodo sempre foi desde o início mas era preciso cumprir o juramento que juramento como devia ser e confuso com pena do tempo bocejava com pressa tonta de quem cai era um sapo pensei em outra coisa outro motivo mas era um sapo daqueles discretos mas também podia ser uma girafa quem sabe jamais um hipopótamo por que a lama era demais ainda assim coisas começavam descer do alto pétalas não mas fedia a rosa e lembrava defunto

um bloco preto

Hedre Lavnzk Couto