sexta-feira, 14 de novembro de 2014

poema apressado

no aeroporto,
enquanto retocava a cor café das unhas,
deu-lhe ela um beijo furtivo,
apertou-lhe as mãos,
voltou à bolsa, de pronto,
redesenhou os lábios em cor de boca molhada,
fitou-o,
escreveu algo em relâmpago no bloquinho,
entregou-lhe um bilhetinho,
e, de finhinho,
tornaram-se
amantes.

H. L. C.

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