quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

para muito além de stonehenge

quedê a beleza da flor,
que guardou-se
em torpor,
para este verão?
quedê a aquarela que se fez pintada,
sob a esperança antes desbotada,
no cantinho mais aconchegante
deste quarteirão?
quedê as luzes cintilantes,
emanadas dos olhos brilhantes,
que entraram em meio peito oco,
lá plantando promitente semente
de um coração?
quedê o vento brincante e rouco,
a enlaçar-se com os dardos e as garrafas falantes,
das tantas madrugadas abraçadas,
tão sempre pagas
com humor, com quase-amor,
com uma canção?
lá vai onde?
lá vai longe.
tudo acontecendo agora mesmo,
noutra dimensão...

H. L. C.

da série 'carbono 14'


Nenhum comentário:

Postar um comentário