quinta-feira, 26 de maio de 2016

explicitude ou poema das sete chaves

aí já não vejo.
beijo.
abraço
os braços do amparo.
mordo as regras e exceções.
busco a ti, a mim.
a sílaba!
mas, enfim, quem é esta apodítica pessoa
a fazer minha dosimetria?:
o 'Ser e o Nada';
'a náusea';
a ´idade da razão';
'A morte na alma';
'sursis';
'Caminhos da liberdade'...
aí já não vejo.
fervo!
estou como na ponte de Ambrose Bierse.
é que o impossível não se pode exigir.
estou em ti.
e ainda assim,
neste quase-inverno
sou tão Camus.

H. L. C.

da série 'carbono 14'

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