segurando o pacotinho dos livros novos,
senta-se no Le Moulin de La Galette,
profunda e com o olhar perdido -
imaginando a intensidade dos olhinhos verdes
de uma madmosselie,
de uma madmosselie,
a divertir-se pelo salão de bailes
do século XIX,
do século XIX,
com suas
camaradas.
- e já depois,
de mãos dadas
à sua nova amiga de infância imaginária,
à sua nova amiga de infância imaginária,
já estão a correr em disparada
e gargalhadas
pela Rue Lepic,
e gargalhadas
pela Rue Lepic,
entrando no Café des Deux Moulins,
e rapidamente pedindo doces, queijos
já espinafra
a impossível comparsa,
que, de figurante, passa
em teimosia a desenhar no guardanapo
a impossível comparsa,
que, de figurante, passa
em teimosia a desenhar no guardanapo
uma exposição infindável
de frutas, verduras,
flores, flocos,
frango assado,
flores, flocos,
frango assado,
dentre outras cousas...
lembra-se de mim, por fim,
e com suas mãozinhas delicadas,
com unhas pintadas
de rosa-claro,
de rosa-claro,
e com a boca,
a boca tão bonita
de lábios anjo-diabo,
já quase toda ocupada
por um pão doce,
manda-me um “voilà!”,
desses tipo um
"je ne sais pas, monsieur!"
desses tipo um
"je ne sais pas, monsieur!"
H. L. C.
da série 'seus suaves relatos de maio'
da série 'seus suaves relatos de maio'
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