Todos os relógios do mundo,
nauseabundos,
lançam-me no fundo
de uma espera.
Ainda hoje sonhei contigo.
Naquele inusitado abrigo,
os dois sentados na janela,
esquecidos do mundo,
vagabundos,
comíamos figo
e pintávamos aquarelas.
Hoje, te digo:
Todos os relógios do mundo,
verdugos,
prenderam a Cinderela.
H. L. C
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