sábado, 21 de janeiro de 2012

Carolina e morangos sob polaroid


E teu vestido preto

e sem vestido preto

e sem vergonha

e sem nada mais,

além de teus cabelos pretos,

que já enlaço entre minhas mãos

e perdemos a taça

e derramas a fome de teus olh0s pretos,

sob os meus

e teu nariz que pede

e teus poros abertos, cuja primeira gota

desliza da intensidade da nossa colisão

juntando-se a mil outras, que derretem

o teu ventre em instinto, em desejo,

em urros (!) que soltas pelos dentes, pela pele molhada, sedenta, grudenta e doce, doce a bradar [desesperadamente] que ama

uma chuvinha passageira...

Hedre L. Couto.

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