terça-feira, 24 de janeiro de 2012

E nos rimos...

Ali. Sentada no mesmo lugar. 
Com teus quadris gentis. 
O mesmo rosto, confortável. 
As pequenas orelhas. 
Tuas grandes argolas. 
Os olhos negros. 
O charmoso cuidadozinho com a lente. 
O nariz. Tua doce rinite, apaixonante. 
Tua boca. O teu jeito de reclamar dos incríveis lábios, finos, lindos, meu doce inferno. 
O hálito, do céu. 
A tua testa, bela. 
Os cabelos. Negros. Muito negros. Finos. Delicados. Lisos. 
Tua nuca, pedinte. 
Teus seios, pequenos, rosados, duros, tão santos, tão diabos. 
Tuas mãos, pálidas, minha vida, vida de muitos. 
Tua pele. Pura. Teus poros. Minha língua. 
Teu vestido, como todos os outros, também este branco, por ti bordado. 
Teu pescoço, o pequeno cordão. 
Teu queixo. Teu cheiro. Teus pensamentos. Teu brilho. 
Uma palavra que vem. Tua voz, inimitável. Deus. 
Teu sorriso que surge. Que me faz contente. E nos rimos. 
A folha da pequena palmeira, que nos brinca a roçar as costas. 
Tuas panturrilhas. Os pequenos pés, que sustentam o meu anjo. Quem precisa de asas? 
A lua. Grande. Como a fazer festa. A poesia. Tudo é teu. 
Só nós. Nesta noite. Que canta. Como a saber-te: Minha. Minha. Senhor dos teus lábios finos. Eis um quase-amor. 
O resto não se escreve.

p/ Carla
Hedre Lavnzk Couto

Nenhum comentário:

Postar um comentário